Moleque

 Moleque

Ele troca de amor como troca de roupa, mente com mais frequência do que toma café, machuca, se faz de coitado, da dó, até você conhecer. Deixa por ai milhões de corações partidos, injusto, diz apenas que o mundo é assim. Malandro, se aproveita da fragilidade, se faz tímido até conquistar, da seu bote, depois parte. Só mais um moleque bom de lábia que ainda à de terminar sozinho. 

Talvez um dia, acorde e perceba, que de esperto pouco tem, é um fraco que nada possui, um qualquer, facilmente substituído. Um dia ele aprende, que cada sorriso vira lagrima, que seus deboches o fizeram sozinho, muito se divertiu, mas na hora da dor, não á ninguém, jogado no chão do quarto, sem saber onde errou, condena o mundo, culpa a todos, incapaz de se assumir autor de sua desgraça, a ele apenas nosso velho ditado, só colheu, o que plantou. 

Tayná Bravin


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